A esquerda e os progressistas dizem estar "fartos do Chega", publicam diariamente entulho sobre o Chega, direcionam o ódio ao partido, mas o que verdadeiramente os incomoda são os valores conservadores

Tentei descrever ao máximo o conteúdo deste post pelo (longo) título.

Para quem gosta de ler, segue uma resposta mais alongada a este post, bem como às tentativas diárias esforçadas do Old Web, e companhia vinda toda dos mesmos canais woke do Reddit, onde combinam vir para aqui em massa repetir as mesmas coisas e distribuir down/up votes como forma a influenciar o que a terceira pessoa vê primeiro, visando manipular opiniões.

Não, o vosso problema não é com o Chega. Não, o problema da comunicação não é com o Chega. Não é com o André Ventura, não é com o Frazão, ou com o Bruno Nunes, ou com a Rita Matias ou com qualquer um dos outros. Não é com o facto (sim, facto!) do Chega, afinal, não ser muito diferente dos outros partidos políticos: um íman de Chicos-espertos, mamões, corruptos, criminosos que se procuram apegar a um partido político como forma de esconder os esqueletos dos seus armários, entre outras coisas.

Aliás, até digo mais! Vocês adoram o Chega! Estes últimos escândalos têm sido ótimos, mas não são de agora, sempre foi assim. Desde 2020, quando na primeira candidatura à presidência, por parte do Ventura, a comunicação social lançou a reportagem a difamar o partido, com as "caves" e os "financiamentos", vocês agarraram-se a isso como se não fosse a mesma treta noutros partidos.

Dou-vos razão numa coisa. O partido não presta. Palavras de um ex-militante que se juntou cedo, quando aquilo era pequeno, mais numa de encontrar pessoal com valores semelhantes e socializar um bocado, do que ativamente participar na vida política. Deixei de pagar quotas há alguns anos porque deixei de me ver no partido. Sou um homem de direita, aquilo já não é um partido de direita há anos.

No entanto, sei que vos incomodei mais por afirmar que "sou um homem de direita" do que vos aliviei por dizer "o partido não presta", e sabem porquê? Releiam o título que encontram a resposta.

O problema da esquerda, se não fosse com o CH, era com outro qualquer, tal como outrora foi com o CDS. Odeiam a seguinte filosofia de vida:

  • As pessoas mais importantes para mim, são a minha família. Não tenho qualquer curiosidade em saber o que se passa em casa do vizinho, não tenho qualquer interesse em fofocas, reality shows, celebridades e restante conteúdo desprovido de virtude, conhecimento ou mostras de verdadeiro talento e dedicação.
  • Depois da família, os amigos, depois os conhecidos, a seguir os "acostumados". É natural para o ser humano ter esta hierarquização, é natural defender os seus de forma parcial. É um garante que os seus também vão estar inclinados a defendê-lo no pior momento.
  • Os valores mais importantes são os que resistiram ao teste do tempo, atravessaram gerações e foram promovendo estabilidade e crescimento. Hoje somos melhores do que as gerações anteriores graças a preservação e certa evolução destes valores. Qualquer ideia de "quebra" radical destes valores (que é o que vocês defendem), é encontrada, naturalmente, com desprezo.
  • Sou responsável pelo que digo, não pelas interpretações enviesadas que tiram do meu texto. Quero-lá saber se alguém andou, com muito cuidado, a filtrar todas as letras que não compõem "f a c h o", só para vir dizer que escrevi aqui, secretamente, "facho".
  • Deixar os maluquinhos, malucar, exceto quando querem influenciar as opiniões dos outros à força. Liberdade individual, mas com responsabilidade pessoal. Cada "direito" da pessoa na sociedade deve vir acarretado com uma responsabilidade, um dever.
  • Ordem e autoridade, sim! A não ser confundida com autoritarismo, absolutismo, tiranias e afins. A lei existe, tem mecanismos para ser alterada. Se for para ser alterada, deve ser pelos respetivos mecanismos. Caso contrário, tem que ser respeitada! Lei é lei!

Como os pontos referidos acabam por ser bastante lógicos e de fácil defesa argumentativa, remetem à retórica suja. Já antecipo as dezenas de comentários com piadas/insultos de pouco esforço, estilo rPortugalCaralho. Comentários a deturpar o que está aqui escrito, etc.

Afinal, fazem o mesmo com o Chega. Já o fizeram em várias instâncias, de tamanha forma que quando é noticiado um verdadeiro escândalo, já um gajo fica cético, à espera da confirmação ou desmentir por parte da comunicação do partido.

  • Lembram-se quando o Ventura falou dos bandidos? Condenado, porque o tribunal afirmou serem declarações 'falsas', parece que afinal eram verdade.
  • Então e do Odair? Que santo! O tipo que tinha cadastro por ter efetuado assaltos à mão armada, que se encontrava em fuga à polícia. Que afinal resistiu à detenção com violência.
  • Então e os imigrantes, 1M? O Ventura era um mentiroso! Hoje são quantos?

Podemos muito bem ter o bom senso, admitir que os casos do Arruda são vergonhosos, no mínimo, que os casos do pedófilo, do condenado por violência doméstica, merecem uma resposta "à facho", que se aplique tal como se sugere "no geral" para outros (a tal castração e afins).

No entanto, esse bom senso deve também ser retribuído com o óbvio.

Sim, Portugal tem um problema com imigração, criado pelo PS e pela "geringonça", criado pelos maluquinhos de Abril e as suas "independências", há 50 anos. Resolver este problema não deve ser "bandeira do Chega", deve ser bandeira de qualquer português. Limpar a casa deve ser bandeira de qualquer ser humano cívico.

Qualquer cidadão que tenha noção que trabalha e contribui mais do que "mama", só aceitaria permanecer nessas condições se ao menos isso se traduzisse em segurança, tranquilidade, poder dormir descansado que os filhos estão a crescer num ambiente pacífico e não sob a ameaça de conhecer a parte do mundo (e do ser humano) que mais nos envergonha.

Cá em Portugal tivemos disso, e sempre com perspetivas de "a próxima década ser melhor que a anterior". Hoje já não se pode dizer o mesmo. Fundamentalmente, eu sou contra isso, quero conservar a tendência de melhoria. Vocês são a favor da desordem e querem é que eu continue a pagar e a ficar calado. O vosso problema é comigo, não com o Chega.